O cocô do recém-nascido costuma gerar dúvidas entre os pais, especialmente nos primeiros dias. A boa notícia é: cada bebê tem seu ritmo, e isso pode variar bastante sem que signifique um problema.
Frequência do cocô: o que esperar?
Não existe um número exato de evacuações por dia para todos os recém-nascidos. Alguns bebês podem fazer cocô várias vezes ao dia, enquanto outros ficam um ou dois dias sem evacuar e isso pode ser totalmente normal.
O mais importante é observar o quadro geral:
- O bebê está mamando bem?
- Está ganhando peso de forma adequada?
- Faz pelo menos seis trocas de fralda molhada por dia?
Se a resposta for “sim”, é sinal de que o bebê está se alimentando e hidratando bem, mesmo que o cocô não seja diário.
Quando é hora de se preocupar?
Se ainda não houver certeza sobre o ganho de peso do bebê e as evacuações forem muito espaçadas, vale a pena conversar com o pediatra. Assim, será possível verificar se a amamentação está sendo suficiente e se o funcionamento intestinal está adequado.
Mais do que a quantidade, a consistência das fezes é o principal indicativo de saúde. Cocô muito seco ou endurecido pode ser sinal de prisão de ventre — mesmo que a frequência esteja dentro do esperado. Outros sinais de alerta incluem:
- Desconforto ou choro excessivo;
- Abdômen inchado ou duro;
- Dificuldade visível para evacuar.
Nesses casos, o acompanhamento médico é fundamental.
Leite materno x fórmula: tem diferença?
Sim. Bebês que se alimentam exclusivamente de leite materno tendem a evacuar mais frequentemente, especialmente nas primeiras semanas. Já os que tomam fórmula podem ter o intestino um pouco mais lento, com tendência a evacuar menos.
Mesmo assim, é normal que a frequência mude com o tempo. Por exemplo, um bebê que fazia cocô várias vezes por dia no primeiro mês pode passar a evacuar a cada três ou quatro dias no segundo mês o que, em muitos casos, ainda é considerado saudável.
A evolução do cocô nos primeiros dias
Nos primeiros dias de vida, o cocô do bebê é escuro e pegajoso é o chamado mecônio, composto por resíduos acumulados no intestino durante a gestação. Conforme o bebê começa a se alimentar, o cocô muda de cor e textura: passa a ser mais amarelado, pastoso e com cheiro característico.
É comum que a cor varie, indo do verde ao mostarda, dependendo da alimentação do bebê e, no caso de quem amamenta, da dieta da mãe. Fórmulas diferentes também podem alterar a tonalidade e o cheiro das fezes.
O que realmente importa
Mais do que se prender a números exatos, os pais devem observar o bem-estar geral do bebê. Se ele:
- Está ativo e alerta,
- Mamando bem,
- Ganhando peso,
- Fazendo xixi com regularidade…
… então o funcionamento do intestino provavelmente está saudável mesmo com cocôs mais espaçados.
Atenção especial deve ser dada à consistência das fezes e ao comportamento do bebê. Mudanças bruscas, fezes muito duras ou sinais de desconforto merecem atenção e orientação profissional.